
Nathalia Ferreira Gonçales
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui mestrado pela mesma instituição (2017) e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014). Entre 2018 e 2019, desenvolveu estágio doutoral no Departament d'Antropologia Social i Cultural da Universitat Autònoma de Barcelona com bolsa CAPES/PDSE. Pesquisadora vinculada ao Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidades (NuSex/Museu Nacional), atualmente realiza a tese 'No somos delincuentes: mobilizações de moradores em um bairro cigano na Catalunha'. Tem experiência na área de Antropologia Social, com ênfase em Antropologia do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: vulnerabilidade, violência, sexualidade, gênero e ciganidade.
Currículo Lattes
"No somos delincuentes": mobilizações de moradores em um bairro cigano na Catalunha
Esta tese, ainda em andamento, apresenta as mobilizações dos moradores de Font de la Pólvora, zona leste da cidade de Girona, comunidade da Catalunha, em decorrência dos sucessivos cortes de luz que estão acontecendo há alguns anos no bairro. A institucionalização dos processos de precarização desse território, marcado desde sua constituição por narrativas de marginalização e abandono, acentua uma política de escassez histórica do Estado espanhol e catalão em torno da população residente, majoritariamente de etnia cigana, e agrava o imaginário de contravenção sobre práticas e condutas ali inscritas. Neste sentido, as marcas de vulnerabilidade em Font de la Pólvora, materializadas pelos contínuos cortes no subministro de energia elétrica, configuram formas de violência repetidas no cotidiano local. Através de declarações públicas dos representantes políticos elaboradas em reuniões, assembleias e coletivas de imprensa, é flagrante a constante tentativa de criminalização do bairro em sua totalidade, como se fosse possível instituir uma dimensão existencial propensa a condutas desviantes e práticas de infração que seriam a causa última da interrupção prolongada de energia. Ao longo dos problemas que emergem na vida do bairro, estes modos de habitar a falta vão compondo um campo de representações sobre inscrições de vulnerabilidade e reinvenções de possibilidades de vida às margens do Estado.
Publicações recentes:
Artigos
Capítulos de livros publicados
Textos em jornais de notícias/revistas
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui mestrado pela mesma instituição (2017) e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014). Entre 2018 e 2019, desenvolveu estágio doutoral no Departament d'Antropologia Social i Cultural da Universitat Autònoma de Barcelona com bolsa CAPES/PDSE. Pesquisadora vinculada ao Núcleo de Estudos em Corpos, Gêneros e Sexualidades (NuSex/Museu Nacional), atualmente realiza a tese 'No somos delincuentes: mobilizações de moradores em um bairro cigano na Catalunha'. Tem experiência na área de Antropologia Social, com ênfase em Antropologia do Estado, atuando principalmente nos seguintes temas: vulnerabilidade, violência, sexualidade, gênero e ciganidade.
Currículo Lattes
"No somos delincuentes": mobilizações de moradores em um bairro cigano na Catalunha
Esta tese, ainda em andamento, apresenta as mobilizações dos moradores de Font de la Pólvora, zona leste da cidade de Girona, comunidade da Catalunha, em decorrência dos sucessivos cortes de luz que estão acontecendo há alguns anos no bairro. A institucionalização dos processos de precarização desse território, marcado desde sua constituição por narrativas de marginalização e abandono, acentua uma política de escassez histórica do Estado espanhol e catalão em torno da população residente, majoritariamente de etnia cigana, e agrava o imaginário de contravenção sobre práticas e condutas ali inscritas. Neste sentido, as marcas de vulnerabilidade em Font de la Pólvora, materializadas pelos contínuos cortes no subministro de energia elétrica, configuram formas de violência repetidas no cotidiano local. Através de declarações públicas dos representantes políticos elaboradas em reuniões, assembleias e coletivas de imprensa, é flagrante a constante tentativa de criminalização do bairro em sua totalidade, como se fosse possível instituir uma dimensão existencial propensa a condutas desviantes e práticas de infração que seriam a causa última da interrupção prolongada de energia. Ao longo dos problemas que emergem na vida do bairro, estes modos de habitar a falta vão compondo um campo de representações sobre inscrições de vulnerabilidade e reinvenções de possibilidades de vida às margens do Estado.
Publicações recentes:
Artigos
- No somos delincuentes: mobilizações de moradores em um bairro cigano na Catalunha
- Ao futuro sempre falta um dia para chegar: um ensaio sobre nojo e negatividade na performance do coletivo Coiote
Capítulos de livros publicados
- Das ruínas do corpo sudaca: marcas de vulnerabilidade em performances artísticas. In: Everton Rangel; Camila Fernandes; Fátima Lima. (Org.). (Des)prazer da Norma. 1ed.Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018, v. , p. 93-114.
Textos em jornais de notícias/revistas