
Carolina Maia
Atualmente cursa o Doutorado em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ), onde defendeu a dissertação de mestrado "Entre armários e caixas postais: escritas de si, correspondências e constituição de redes na imprensa lésbica brasileira", trabalho premiado como melhor dissertação no biênio 2016-2018 pela Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH). Graduada em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela UFRGS, é também Especialista em Gênero e Sexualidade pelo CLAM/IMS/UERJ. Temas de interesse: gênero e sexualidade, interseccionalidade, lesbianidades, ativismos lésbicos, antropologia de documentos.
Currículo Lattes
Gravidez sem sexo: parentalidades, relações e compartilhamentos de saberes na reprodução humana através de inseminação caseira
Esta pesquisa aborda a técnica de reprodução chamada no Brasil de “inseminação caseira” (IC), procedimento reprodutivo realizado através de doação de esperma por doadores não anônimos, realizada sem a mediação de clínicas de reprodução assistida. Tal tecnologia é medicalizada de maneira peculiar: por um lado, as tentantes empregam um conjunto de exames laboratoriais, testes caseiros e observações do próprio corpo, com o suporte e consulta a grupos online, de forma a maximizar a eficácia do procedimento; por outro, instâncias de regulação médica desautorizam tais práticas, o que leva a negociações na relação com ginecologistas. A decisão de não contar aos médicos sobre a eleição dessa tecnologia como forma de viabilizar a gravidez, através de uma ocultação da própria sexualidade e status conjugal (no caso de mulheres em relações não cis-heterossexuais ou lésbicas solteiras), pode ser pensada como manifestação de um entrave no acesso à saúde e como efeito de uma visão, por parte de algumas tentantes entrevistadas, das tecnologias médicas de reprodução assistida como constituindo um “mercado” pouco acessível. Pretende-se pensar, também, algumas emoções que correm em paralelo ao decorrer do ciclo menstrual: expectativa, ansiedade e frustração ou alegria, de acordo com o resultado dos testes de gravidez e a confirmação ou não do “positivo”, o que pode levar ou não ao reinício do ciclo de tentativas.
Publicações recentes:
Capítulos de livros publicados
Atualmente cursa o Doutorado em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ), onde defendeu a dissertação de mestrado "Entre armários e caixas postais: escritas de si, correspondências e constituição de redes na imprensa lésbica brasileira", trabalho premiado como melhor dissertação no biênio 2016-2018 pela Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH). Graduada em Comunicação Social - Habilitação Jornalismo pela UFRGS, é também Especialista em Gênero e Sexualidade pelo CLAM/IMS/UERJ. Temas de interesse: gênero e sexualidade, interseccionalidade, lesbianidades, ativismos lésbicos, antropologia de documentos.
Currículo Lattes
Gravidez sem sexo: parentalidades, relações e compartilhamentos de saberes na reprodução humana através de inseminação caseira
Esta pesquisa aborda a técnica de reprodução chamada no Brasil de “inseminação caseira” (IC), procedimento reprodutivo realizado através de doação de esperma por doadores não anônimos, realizada sem a mediação de clínicas de reprodução assistida. Tal tecnologia é medicalizada de maneira peculiar: por um lado, as tentantes empregam um conjunto de exames laboratoriais, testes caseiros e observações do próprio corpo, com o suporte e consulta a grupos online, de forma a maximizar a eficácia do procedimento; por outro, instâncias de regulação médica desautorizam tais práticas, o que leva a negociações na relação com ginecologistas. A decisão de não contar aos médicos sobre a eleição dessa tecnologia como forma de viabilizar a gravidez, através de uma ocultação da própria sexualidade e status conjugal (no caso de mulheres em relações não cis-heterossexuais ou lésbicas solteiras), pode ser pensada como manifestação de um entrave no acesso à saúde e como efeito de uma visão, por parte de algumas tentantes entrevistadas, das tecnologias médicas de reprodução assistida como constituindo um “mercado” pouco acessível. Pretende-se pensar, também, algumas emoções que correm em paralelo ao decorrer do ciclo menstrual: expectativa, ansiedade e frustração ou alegria, de acordo com o resultado dos testes de gravidez e a confirmação ou não do “positivo”, o que pode levar ou não ao reinício do ciclo de tentativas.
Publicações recentes:
Capítulos de livros publicados
- Escritas lésbicas, construções afetivas: uma análise do boletim Um Outro Olhar. In: Everton Rangel; Camila Fernandes; Fátima Lima. (Org.). (Des)Prazer da Norma. 1ed.Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018, v. 1, p. 321-343.
- Trocando histórias, fazendo pontes: escritas e redes na imprensa lésbica braslieira. In: Marcio Caetano; Alexsandro Rodrigues, Cláudio Nascimento, Treyce Ellen Goulart. (Org.). Quando ousamos existir: itinerários fotobiográficos do movimento LGBTI brasileiro (1978-2018). 1ed.Rio Grande: Editora da FURG, 2018, v. 1, p. 35-38.
- De SENALE a SENALESBI: articulações políticas de lésbicas e mulheres bissexuais no Brasil. In: Marcio Caetano; Alexsandro Rodrigues, Cláudio Nascimento, Treyce Ellen Goulart. (Org.). Quando ousamos existir: itinerários fotobiográficos do movimento LGBTI brasileiro (1978-2018). 1ed.Rio Grande: Editora da FURG, 2018, v. 1, p. 112-115.