
Camila Fernandes
Pós-doutoranda no Programa de Pós Graduação em Antropologia Social (PPGAS/MN/UFRJ). Doutora em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ). Mestrado em Antropologia no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA\UFF). Graduada em Serviço Social na Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (ESS/UFF). Pesquisadora associada ao NUSEX - Núcleo de estudos em Corpos, Gênero e Sexualidades (PPGAS/MN) e ao LACED - Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento (PPGAS/MN). Atualmente desenvolve pesquisas nas áreas de Gênero, Sexualidades, Raça, Maternidade, Cuidados e Favelas.
Currículo Lattes
Figuras da causação: sexualidade feminina, reprodução e acusações no discurso popular e nas políticas de Estado
A tese defendida em 2017 no âmbito do PPGAS/MN/UFR se constrói em torno de três figuras presentes no discurso popular, a saber, as “novinhas”, as “mães nervosas” e as “mães abandonantes”. Estas figuras convocam zonas de ambivalência e articulam campos de desejos e sentimentos muitas vezes considerados em oposição, como amor e horror, desejo e interdito, apego e abandono. Ao longo do trabalho, é explorado de que forma estas figuras inspiram admiração e repúdio, ao aglutinar performances femininas paradoxais, provocadoras e desviantes. A etnografia trazida nesta tese foi realizada nos morros da Mineira e do São Carlos e discute a existência de dois espaços relacionais voltados aos cuidados de crianças, as casas que “tomam conta” de crianças na favela e as creches públicas. Nas casas, o trabalho de “tomar conta” realizado por mulheres é destacado, procurando-se refletir sobre um trabalho fundamental ali exercido para a criação de gerações de pessoas. Nas creches, analisa-se o papel assumido pelas acusações sobre uma “sexualidade errada” como forma de gerir os recursos estatais e a produção de sua escassez contínua. A segunda parte da tese consiste na discussão das figuras propriamente ditas e suas implicações. Veremos como a veiculação de discursos sobre uma sexualidade feminina “errada”, presente tanto nas falas cotidianas de pessoas do local, como também em algumas instituições de Estado, conforma um campo de práticas e representações férteis sobre mulheres, violências, culpas, prazeres e sexualidades desviantes.
Publicações recentes:
Artigos
Livros publicados/organizados ou edições
Capítulos de livros publicados
Pós-doutoranda no Programa de Pós Graduação em Antropologia Social (PPGAS/MN/UFRJ). Doutora em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (UFRJ). Mestrado em Antropologia no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA\UFF). Graduada em Serviço Social na Escola de Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (ESS/UFF). Pesquisadora associada ao NUSEX - Núcleo de estudos em Corpos, Gênero e Sexualidades (PPGAS/MN) e ao LACED - Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento (PPGAS/MN). Atualmente desenvolve pesquisas nas áreas de Gênero, Sexualidades, Raça, Maternidade, Cuidados e Favelas.
Currículo Lattes
Figuras da causação: sexualidade feminina, reprodução e acusações no discurso popular e nas políticas de Estado
A tese defendida em 2017 no âmbito do PPGAS/MN/UFR se constrói em torno de três figuras presentes no discurso popular, a saber, as “novinhas”, as “mães nervosas” e as “mães abandonantes”. Estas figuras convocam zonas de ambivalência e articulam campos de desejos e sentimentos muitas vezes considerados em oposição, como amor e horror, desejo e interdito, apego e abandono. Ao longo do trabalho, é explorado de que forma estas figuras inspiram admiração e repúdio, ao aglutinar performances femininas paradoxais, provocadoras e desviantes. A etnografia trazida nesta tese foi realizada nos morros da Mineira e do São Carlos e discute a existência de dois espaços relacionais voltados aos cuidados de crianças, as casas que “tomam conta” de crianças na favela e as creches públicas. Nas casas, o trabalho de “tomar conta” realizado por mulheres é destacado, procurando-se refletir sobre um trabalho fundamental ali exercido para a criação de gerações de pessoas. Nas creches, analisa-se o papel assumido pelas acusações sobre uma “sexualidade errada” como forma de gerir os recursos estatais e a produção de sua escassez contínua. A segunda parte da tese consiste na discussão das figuras propriamente ditas e suas implicações. Veremos como a veiculação de discursos sobre uma sexualidade feminina “errada”, presente tanto nas falas cotidianas de pessoas do local, como também em algumas instituições de Estado, conforma um campo de práticas e representações férteis sobre mulheres, violências, culpas, prazeres e sexualidades desviantes.
Publicações recentes:
Artigos
- Figuras do constrangimento: As instituições de Estado e as políticas de acusação sexual
- VERAN, J. F. ; FERNANDES, C. ; FREIRE, L. . RIO DE JANEIRO EN « CRISE » (2014-2018) : UN ÉTAT D'EXCEPTION ?. PROBLÈMES D'AMÉRIQUE LATINE, v. 111, p. 103, 2018.
- A negociação da intimidade. MANA (UFRJ. IMPRESSO), v. 19, p. 400-402, 2013.
Livros publicados/organizados ou edições
- RANGEL, E. (Org.) ; FERNANDES, C. (Org.) ; LIMA, F. (Org.) . (Des)Prazer da Norma. 01. ed. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018. v. 01. 412p .
Capítulos de livros publicados
- "Mães nervosas": um ensaio sobre a raiva entre mulheres populares.. In: Claudia Fonseca, Chantal Medaets e Fernanda Bittencourt Ribeiro. (Org.). Pesquisas sobre família e infância no mundo contemporâneo. 01ed.Porto Alegre: Sulina, 2018, v. , p. 07-.
- O tempo do cuidado: batalhas femininas por autonomia e mobilidade. In: Everton Rangel, Camila Fernandes e Fátima Lima. (Org.). In (Des)Prazer da Norma. 01ed.Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018, v. 01, p. 12-409.
- DIAZ-BENITEZ, M. E. ; RANGEL, E. ; FERNANDES, CAMILA . Governo, Desejo, Afeto. In: Everton Rangel, Camila Fernandes e Fátima Lima. (Org.). In (Des)Prazer da Norma. 01ed.Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018, v. 01, p. 11-41.