Núcleo de estudos em corpos, gêneros e sexualidades
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Aline Sabino

Cearense, graduada em Ciências Sociais, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú - UEVA, na cidade de Sobral/CE. Mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutoranda em Antropologia social pela mesma instituição. Trabalhou com temas como gênero e currículo escolar; performance e aprendizagem no contexto de batalhas poéticas de rua. Desenvolveu no mestrado a pesquisa intitulada: "Poesia que não mata, mas salva pro outro dia" - performance, cotidiano e negritudes nas batalhas poéticas de slam. No doutorado resolveu mudar os rumos dos temas pesquisados ao longo de sua formação e, ainda de forma embrionária, pretende produzir uma pesquisa que aborde as práticas ritualísticas de curandeiras do sertão do Cariri cearense. Também é poeta e escritora de contos.

Currículo Lattes

"Poesia que não mata, mas salva pro outro dia": performance, cotidiano e negritudes nas batalhas poéticas de slam
Experiência etnográfica relacionada às batalhas poéticas denominadas slam. A etnografia foi feita, especificamente, com dois grupos que organizam essas batalhas, sendo elas Slam da Quentura, localizado em Sobral, Ceará, e Slam Laje, disputa poética realizada no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro. A análise foi guiada pelo questionamento: por que no Brasil o slam configurou-se em um movimento de pessoas negras e periféricas? Considerando outras dúvidas que nasceram do seio da pergunta central e se mostraram fundamentais para minha análise: por que essas pessoas escolheram a poesia como instrumento amplificador de suas vozes? O que esse movimento tem a ver com uma diáspora negra? Aqui, as poesias faladas, movidas dentro e a partir da realidade vivida, foram lidas como geradoras de conhecimento e confeccionadoras de imagens do mundo, recebendo o status epistêmico que possuem dentro do campo e, também, por mim enquanto pesquisadora. A gramática do racismo inscrita nos corpos e no cotidiano dos/das poetas conduziu minha análise e evidenciou poesias constituídas pelos atravessamentos de marcadores sociais, como racismo, classe e gênero. A batalha poética está assentada sobre as bases da oralidade e corporalidade e as poesias produzidas pelos/as poetas expressam um resgate da ancestralidade e história do povo negro. Dessa forma, o slam produz refazimentos de si a partir de práticas de aquilombamento. Posto isto, o (re)encontro com a sua ancestralidade, sua história e consigo, enquanto pessoa, converte-se em instrumento político na luta contra o racismo e a necropolítica, sendo, portanto, um ato de descolonização. A palavra batalha ganha um sentido duplo e central para o texto, uma vez que os campeonatos não são apenas disputas poéticas como também zonas de escoamentos de subjetividades construídas a partir da gramática da violência e extermínio colonial.


Publicações recentes:
​Artigos
  • “Meu filho tomou um tiro!”: o extermínio da população favelada e as topografias do horror 

Capítulos de livros publicados​​
  • Gênero, Povos Indígenas e Desenvolvimento rural: um estudo de caso sobre as mulheres Tremembé de Telhas, Acaraú-Ce.. SOBRAL: Edições UVA, 2017.
  • Gênero e escola combinam? um debate sobre o lugar do gênero no currículo escolar. Campina Grande: CDD, 2017

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